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SC Freamunde 09/10

Um compasso demasiado longo



Terá sido num tempo longínquo, em que a música era essência da vida, que, numa Fuga de Bach, viajou a nossa eterna prometida Casa da música (sede da Associação Músical de Freamunde) .
É dos mais preocupantes, sérios e indecifráveis assuntos que assolam o quotidiano freamundense. A problemática que envolve a Casa da Música assume contornos sombrios, fantasmagóricos, metafísicos até. Há muito que se sente a urgência de um espaço que propicie o despertar da arte, o sorriso enigmático do Belo. As actuais condições a que os nossos futuros e actuais artistas estão submetidos dificultam o aprofundamento e o desenvolvimento das suas capacidades. A Escola de Música Infantil, apesar de ter uma rua com o seu nome, vive numa casa velha, fria, inóspita e sem o mínimo necessário para que a música ecoe nas mentes e almas de quem a toca. O mesmo acontece a um dos maiores embaixadores de Freamunde, a um dos nossos mais mediáticos símbolos: A Associação Musical de Freamunde, que está confinada nos seus ensaios a um espaço pobre e claustrofobicamente pequeno para albergar comodamente todos os elementos que a compõem.

Foi prometido então um novo espaço. Um local em que a música pudesse deambular na sua harmonia. Um sítio do qual os freamundenses se pudessem orgulhar, onde pudessem sentir que a Cultura não faz parte apenas das promessas eleitorais ou do emblema da cidade.
Os esboços do que seria a casa fizeram-nos sorrir, sentir um orgulho que estava encerrado em nós à tempo demasiado.
E foi com este orgulho de sentir estar a fazer parte deste projecto que os freamundenses se propuseram, nas suas dificuldades, a fazer um esforço, contribuindo, monetariamente, para a concretização do projecto de ver a música tocar mais alto em Freamunde. E foi aqui que algo misterioso aconteceu.

Passaram alguns anos desde o dia em que bateram nas nossas portas, com o projecto da Casa no sorriso, a pedir a nossa colaboração. Anos passaram e da Casa nem o simples sinal de uma pausa singela numa partitura infernal. A tabuleta lá se encontra, apodrecendo ao sabor do vento e da chuva, num terreno que hoje serve de parque de estacionamento, bem junto do ciclo, para que todos as nossas crianças percebem a diferença entre prometer e cumprir.
Nem a tradicional cerimónia do lançamento da primeira pedra foram capazes de cumprir.

Temos conhecimento, na Revolta, da existência de vários problemas relativos ao próprio projecto da Casa (que foi mudando ao longo do tempo numa aventura no papel), nomeadamente a exigências feitas para que a obra fosse de qualidade. Sabemos que as mudanças governamentais dificultaram o processo. Mas, perguntam-se os freamundenses, então todo aquele dinheiro para que serviu?! Para alimentar falsas esperanças?! Para contínuos e sucessivos projectos?! Para um mar infindo de mentiras?!
É o nosso dinheiro. As nossas economias. O nosso trabalho. Freamunde merecia um tratamento melhor. Não merecia este descarado e vergonhoso gozo a que foi sujeito. Dizem que a Casa vai servir todo o Vale do Sousa. Não vemos mal nisso. Aliás, cremos que a acontecer isso trará fama e orgulho a Freamunde. Mas é o nosso dinheiro. Foi à nossa porta que bateram. Foi nosso esforço, facultado até em prestações. E para quê? Para um abismo sem fundo em que brincam com o nosso amor (cada vez mais raro) por Freamunde?

Não julguem que o tempo apaga a memória. Nós estamos aqui para relembrar. Não vamos deixar esquecer o esforço de tantos freamundenses que se sacrificaram pela sua terra. O trabalho de gente pobre clama pelas mãos da justiça, clama pela SUA Casa da Música.

Não deixaremos morrer o sonho que a Casa representa.

Freamunde confia, orgulha-se, entusiasma-se com a sua banda. Não deixem que este assunto vos afaste dos freamundenses. Não deixem escapar a confiança que Freamunde deposita em vós.

Viva a Associação Musical de Freamunde
Viva a Escola Infantil de Música
Viva a NOSSA Casa da Música
ver reacções 4 reacções |

4 reacções

  1. Anónimo quarta-feira, outubro 11, 2006

    Tens razão no que dizes em relação à casa da Musica, mas, pelo menos a Associação Musical trabalha durante todo o ano, a pergunta fica no ar pra quem souber responder ... e a escola infantil de musica? que se passa com ela? as aulas não começam? os salarios dos professores estão todos em dia? ninguem pode atrncar o ceu com as pernas meus amigos ...

     
  2. Anónimo quinta-feira, outubro 12, 2006

    .1 a revolta devia colher informações, antes de blogar p'ró ar
    .2 este assunto é demasiado sério para ser tratado com a leviandade que atrás li
    .3 a Associação desempenha um papel social e cultural, que em Freamunde, no presente momento...é raro! Os meus Parabéns à Associação

     
  3. Pedro Miguel Pereira quinta-feira, outubro 12, 2006

    Pessoalmente concordo com o que li. Sou freamundense e acho que este assunto merece, realmente, um melhor tratamento, uma investigação mais profunda. Mas, na verdade, parece haver um secretismo a envolver todo este assunto. São raras as informações que chegam ao público. Fora o projecto e o peditório pouco ou nada se sabe sobre a futura sede da associação.

     
  4. revolta dos capoes quinta-feira, outubro 12, 2006

    A função da Revolta não é informar. Julgamos que o nosso dever é alertar, relembrar e este é um, assunto que merece a nossa atenção. Se alguém tem dados que julgem ser relevantes para a consciência freamundense pode/deve usar o endereço email disponível. Não chega só dizer que os assuntos são tratados com leviandade. É necessário explicitar em que aspectos o é e corrigir eventuais erros. A Revolta sente que este assunto deve ser muito mais debatido e para isso conta com as opiniões de todos.
    Nunca colocamos em causa o valor da Associação, muito pelo contrário(basta ler com olhos o blog), sentimos que é das mais excelentes instituições de Freamunde.
    Com esta "crónica" queremos fazer incidir as atenções de Freamunde sobre este asssunto, queremos ouvir o feedback que todos têm para dar. Não basta comentar "p´ró ar"

     


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