Seis anos passaram. Que mudou?! Que ganhou Freamunde? Que perdemos?
A uma "terra rural" deram o desafio da fúria citadina. Que impacto teve isso na alma tradicional freamundense? Que aconteceu ao orgulhoso bairrismo freamundense? Caiu no decadentismo imposto pela despersonalização a que a vinda de gentes que não nasceram em Freamunde nos sujeitou?
Que infraestruturas desenvolvemos para que ostentemos a designação de cidade?
Será legitimo sermos cidade? Nós que temos uma Junta de freguesia a funcionar numa casa destinada à Cultura!
Que condições temos para acolher uma escola secundária? Poderá a nossa miserável biblioteca cobrir as necessidades de uma educação em expansão?
Que podemos oferecer a quem quer viver aqui? Que emprego? Que alternativas ao saturado sector mobiliário? Um parque de lazer apenas?! Ou uma piscina construída para acalmar a revolta freamundense de ver desviados todos os seus projectos para a terra vizinha?!
Que incentivos criamos para que a nossa terra seja visitada por quem não nos conhece? Apenas as Sebastianas?
... ... ...
As perguntas são infindáveis. Deixamos o desafio a todos os que nos visitam. Digam o que lhes vai na alma. Em tempo de aniversário façamos o que hoje parece proibido fazer sem que questionem o nosso amor a Freamunde: reflectir sobre este Freamunde que se ama muitas vezes sem se perceber porquê.
Façamos com que o sexto aniversário da nossa cidade signifique, realmente, alguma coisa para nós.
A reflexão sobre Freamunde é imprescindível se queremos crescer.
Bom dia. Será que a culpa dos que vem viver para Freamunde não sentirem o bairrismo freamundense, não será nossa freamundenses? se reparem nos ultimos anos, talvez a unica maneira das pessoas que vem viver para framunde se integrarem é sendo festeiro nas sebastianas. Sendo um blog que é visitado na sua maioria por jovens, o que é que a juventude freamundense tem feito nos ultimos tempos para promover freamunde? è verdade que muitos dos problemas de Freamunde passam pela inoperancia do poder local, mas tb muito passa pelo que podemos fazer,e não fazemos. Já reparam se dedicarmos uma hora por semana a Freamunde ao fim do ano trabalhamos cerca de 52 horas, seja mais que uma semana de trabalho normal- 40 horas - por isso maos À obra, há varias associações onde podemos dar o n/ contributo - futebol(não só ir ver o futebol), associaçoes culturais e de solidariedade social. Vamos por mãos à obra e definir 1º o que queremos pra freamudne e depois não esperar que sejam só os outros a fazerem o que nós queremos.
Bem haja à Revolta por ser um espaço em que podemos exprimir o que nos vai na alma e sentir Freamunde.
Pelo menos já surgiu alguma coisa neste ultimo anos de cidade - um blog de freamundenses para Freamundenses
Bem haja Freamunde
Já repararam que uma boa parte das obras edificadas ou por edificar são realizadas com dinheiros provenientes de peditórios!!!
O estranho é que noutras cidades as obras aparecem e ninguém faz peditórios...
Freamunde continua a ser cidade ou vila ou mesmo aldeia mediante as necessidades.
E o que dizer da expulsão dos feirantes das manhãs de domingo para que o Nando Teles possa dormir... Bizarro no minimo...
Parabens alma azul, pelo menos alguem diz aqui alguma coisa que não seja só a dizer mal... façam mais e falem menos.... falar é fácil.
Nasci em Freamunde, sou de e por Fremunde e não pretendo sair de cá, sempre conheci o povo de Freamunde como gente dinamizadora, mas agora as novas gerações não fazem nada e querem tudo, como classificar isso... gente mimada é o que eu digo. Não me levem a mal mas ás vezes a paciência tem limites.
Acho muito bem haver um lugar para as pessoas expressarem os seus sentimentos, é de louvar, mas sejam correctos, para criticar é preciso merecer..
até
Amigo Freamundense eu não entendo o que quer dizer com: "as novas gerações não fazem nada e querem tudo, como classificar isso... gente mimada é o que eu digo."
Esta geração não é espontânea!
Se esta geração (á qual ao que parece o senhor não pertence) é mimada alguém a mimou!
Ninguém se pode furtar a responsabilidades neste aspecto.
Noto uma contradição no seu discurso porque critica uma suposta geração apática sem assumir a sua própria responsabilidade nesse estado de coisas nem apontar caminhos para sair dessa apatia.
Se tiver alguma paciência encontrará entre a gente nova muito valor, muito empenho em vários aspectos da sua vida pessoal e colectiva.
O primeiro passo é olhar para eles sem preconceitos, sem se deixar iludir por algumas diferenças (de comportamento, de vestir, etc.) que podem desviar a atenção daquilo que me parece ser o essencial.
Perante este texto, apenas digo "Amén"! Tens toda a razão!
E quem cala consente, por isso...
Deixo um beijo e até ao regresso!
O caro anónimo apenas quer desviar o interessante deste blog que é a discussão sobre a nossa terra por isso vamos a ignorar e avançar com o que interessa.
É à conta de freamundenses que acham que não se deve dizer o que está mal para não denegrir a imagem da cidade que Freamunde está neste marasmo, neste assustador estado de letargia, porque, infelizmente, essa gente chega ao poder. Quem sabe se uns outdoors com cenários paradisíacos colocados ao lado das vergonhas que por cá temos, não conseguissem desviar os olhares, talvez assim os problemas desaparecessem. Urge discutir Freamunde, REALÇAR o que está mal para que seja alterado, melhorado. É preciso que a Revolta passe do virtual para o real, porque é de espaços de debate, de auscultação da opinião pública que Freamunde precisa.
Já que temos o título de cidade, vamos dar-lhe sentido, vamos ser FREAMUNDE.
Olá! Já lá vai algum tempo que no belíssimo pasquim dos Zebiriguidófilos "Boletim "Dezoficial"" se escreveu, a este propósito, o seguinte texto:
"A terra mais bairrista de todo o Vale de Sousa, como repetidamente se refere o TVS, passou a cidade. O dia 19 de Abril fica assim a marcar mais uma página da nossa história, sessenta e oito anos depois da nossa admirável terra se ter congratulado veementemente com a elevação à categoria de vila (n.r.: a elevação a vila registou-se a 13 de Junho de 1933). Foram cerca de duas centenas os populares de Freamunde que manifestaram desejo de se juntar a este marco memorial, invadindo pacificamente as galerias da Assembleia da República e para dali não arredar o pé enquanto não fosse dado o “veredicto final” acerca do projecto de lei que emprestava o epíteto de cidade à vila de Freamunde. E, após unanimidade na votação da generalidade, depois da especialidade e por último, a votação final global, os freamundenses deram largas ao seu enorme entusiasmo, furando necessariamente o regulamento, batendo palmas e vertendo lágrimas de alegria. Foi um momento único, que agora se pensa em repetir com um dos outros já sepulcrais desejos da população de Freamunde que passa, claro está, pela nossa elevação à categoria de concelho.
De entre as varias intervenções dos deputados do nosso hemiciclo, não podemos deixar de destacar as palavras do deputado do PCP, Honório Novo, que se referiu de forma especial a Freamunde, “terra de grandes tradições democráticas”, que tão bem soube ouvir. Intervenção também de relevo foi a do deputado do PP, Nuno Melo, responsável pela proposta da elevação da vila de Freamunde a cidade, que no plenário tratou de dar os parabéns aos vários intervenientes em todo este projecto. Sim, também soube tão bem ouvir.
No fim houve festa e alegria. A glória de tamanha conquista foi demonstrada já às portas da Assembleia, com os mais ”antigos” a cantarem músicas populares de Freamunde, manifestando-se efusivamente, e a tirarem as fotografias da praxe com os políticos locais que naquele dia se fizeram mostrar.
Fica assim registada mais uma página histórica na vida desta povoação, milenar e que remonta originariamente à nacionalidade. Uma batalha ganha que nos exige mais respeito e devoção, e que nos exige mais poder e reivindicação. A identidade de Freamunde assim agradece."
Às perguntas formuladas creio poder responder, com segurança, que inexistem respostas concretizadas ou concretizáveis...
Já naquela época, face ao novo estatuto da nossa querida terra, se exigia mais respeito e devoção e mais poder e reivindicação.
Sou freamundense de coração e alma mas por motivos familiares e profissionais vi-me na "obrigação" de residir fora da minha terra... talvez por isso tenha actualmente uma visão mais fria, neutra e calculista da actual situação.
A verdade é que, na minha opinião, a questão centra-se no plano político e não no plano da sociedade civil que, com alguma assiduidade, vai dando pequenas lancetadas, que me parecem subtis mas pertinentes, na sedimentação e consolidação da cultura e forma de estar freamundense.
Na realidade, às questões formuladas não existem respostas políticas, como político foi o processo de encaminhamento da nossa terra ao presente estatuto, curiosamente encabeçado pelo partido de menor expressão política a nível concelhio - CDS-PP. Não estaremos a pagar este mesmo "desvario" daquela força política? Em boa verdade, dá-me simplesmente a sensação que o estatuto alcançado nunca foi levado a sério. Freamunde não se vê como cidade, nomeadamente os nossos políticos que não a tratam como tal... o marasmo à questão subjacente já é antigo como é antiga a bucolia que nos atinge.
Honestamente, não vejo perante o factualismo actual, mudanças futuras...
Como tal, as respostas não existem porquanto o poder político não as dá, nomeadamente o poder local, a quem é exigido comportamento diferente e consentâneo com o estatuto da terra.
Infelizmente, lamento-me que pouco acrescente de válido à discussão trazida terreiro neste nobre espaço... fico-me pelas boas e gratas recordações de um dia que nunca mais esquecerei, mesmo sabendo do actual estado das coisas.
É de Freamunde que se trata. E, como tal, perpetuo tais recordações neste pequeno hemiciclo, através do artigo outrora redigido no pasquim supra referido.
Viva Freamunde!
Saudações Freamundenses
Ass.: Miguel Ângelo Matos
Enquanto liga o post anterior, e sem ver a assinatura no final pensei para mim este texto é do Miguel Angelo Matos!!! E realmente no final não me enganei. Um abraço para ti meu amigo. E já agora fica aqui um sinal e um exemplo de como a juventude de Freamunde faz alguma coisa e não é mimada, o exemplo claro está são os Zebiriguidófilos, que para além das diversas actividades que proporciona aos seus membros aínda têm um jornal!!!Será que esta juventude é assim tão rasca??!! não me parece! abraço
Outro para ti Nandinho... está visto que da fama nunca mais me livro! :)
Miguel Ângelo
há quanto tempo não sai o desoficial ????????????
O dezoficial já não sai há algum tempo, porque maior parte dos Zebiri começaram a trabalhar, outros casaram (coitados) e tornou-se dificil sairem edições regulares. Penso que a última vez que saiu terá sido nas sebastianas.
Seis anos de 'nece cidade'!!!
Este é o velho problema lusitano, queres dar saltos sem sequer saber andar.
È pena que o povo de Freamunde, que é tão bairrista e amante de Freamunde se deixe enganar.
'Com papas e bolos se enganam os tolos'
Deram-nos um rebuçado e pensamos que nos tinham dado o mundo.
Pobres povo que se contenta com aparências.
A esta revolta digo apenas que deveriam ser mais duros nas criticas, e se dizem que só falam mal de Freamunde, eu digo que sté falam bem demais.
Mas o que é certo é que colocaram na voz do povo cibernautico a palavra Freamunde, e por isto dou-vos os meus parabens.
Força!
Sou Freamundense,sempre o fui,sempre o serei,mas sinceramente nestes 5 anos de cidade que somos,pouco ou nada mudou!!!
Quando os nosso vizinhos foram elevados à categoria de cidade,em 1993,fomos muito criticos a essa mesma elevação...dizíamos que não tinham condições nenhumas para serem cidade..e nós temos condições de cidade?..
Acho sinceramente que não!!
Tenho saudades da velhinha Vila de Freamunde,e como eu,acho que muitos Freamundenses também têm essa opinião.
Prabéns à Revolta por este excelente Blog...Continuem.
Freamunde Sempre