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SC Freamunde 09/10

Economia, Sociedade e Política(s)

A realidade social é marcada e condicionada pela realidade profissional A economia marca os nossos dias. O poder do dinheiro impera e a lógica do mercado obriga a querer sem limites. Sem estarem sanadas as necessidades básicas nunca o Homem se pode voltar para a vida pública, para a política, para o colectivo.
Freamunde não fica isento deste sistema capitalista. Também os nossos empresários aspiram ao máximo de capital possível. Talvez isto explique os já frequentes encerramentos de unidades fabris a que temos assistido.
Fábrica do Calvário e Fábrica Grande (ALBAR) são exemplos de unidades que caracterizavam a indústria freamundense e que marcavam a mística da nossa terra. A Fábrica do Calvário era conhecida até por Universidade dos móveis, tamanha era a sua importância. No entanto, apesar de toda a importância que asseguravam à comunidade freamundense, fecharam e deixaram-nos com a memória dos seus tempos áureos, além de um número considerável de desempregados…
A analogia que podemos criar entre o declínio das fábricas e a perda do bairrismo e mística freamundense é forte. A vida social da nossa terra fazia na humildade de quem nessas fábricas (entre outras) laborava. Com o seu desaparecimento, eclipsou-se a alma freamundense…
Hoje o espectro do desemprego assombra os trabalhadores da fábrica do Teles, a Luteme. Uma bactéria obrigou à (quase) paragem da produção. O INFARMED decretou medidas que tinham de ser implementadas sob risco de encerramento… e a velha fábrica, desacostumada a investimento nas suas condições, vacilou e ao que parece (é inevitável) vai cair. Dizem que o problema está resolvido e que a fábrica só não retoma a produção porque ainda não teve o ratificação do Infarmed. É estranho que assim seja, como estranha é também a apatia e ineficácia dos nossos autarcas. É claro que se se tratasse de uma IKEA o assunto seria totalmente diferente. O prestígio e a oportunidade de figurar na comunicação social ditariam um futuro diferente. No entanto, a Luteme terá, provavelmente, talvez, destaque apenas numas poucas linhas nos jornais, pelo que não se “exige” (pensarão os senhores autarcas) uma intervenção… afinal só são pouco mais de 90 votos! Nada que uma rotunda nova a 3 semanas das eleições e umas quantas promessas não resolva…
E assim encerrará uma das poucas alternativas à indústria mobiliária que povoa o nosso concelho.
A inoperância do poder local, aliada à apatia que os sindicatos parecem demonstrar, levou os trabalhadores a contactar os advogados na esperança de verem satisfeitas as exigências da lei.
Freamunde é hoje pautado pela falta de comércio e será, brevemente, também marcado pela falta de indústria. Medidas urgentes são indispensáveis.
Urge a criação de uma zona industrial que atraia investimento que permita retirar Freamunde da dependência das abastadas e monopolizadoras “famílias ricas” da nossa terra. É inadiável uma política concelhia que beneficie as empresas e que não as explore até ao âmago. Tudo foi feito para o acordo com o IKEA, mas e as restantes empresas? Que futuro? Que acontecerá quando o IKEA deslocalizar para um qualquer canto do mundo em que a mão-de-obra seja substancialmente mais barata? Será que temos a mesma ambição dos nossos autarcas de fazer do concelho o “dormitório” do Porto? Vamos alienar a nossa história e cultura? Iremos continuar a apostar desenfreadamente na indústria dos móveis? Para quando uma aposta noutras indústrias, noutras áreas que não sejam só as dos móveis e a dos têxteis onde a oferta já supera, em larga escala, a procura?
Uma mudança é necessária. Uma política para os cidadãos é imprescindível.
Até lá, resta citar Marx: “ Proletários de todo o mundo, uni-vos”… porque se vocês não lutarem pelos vossos direitos ninguém o fará.
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16 reacções

  1. revolta dos capoes sexta-feira, janeiro 19, 2007

    Este post serve de preâmbulo ou introdução a alguns temas que futuramente aqui serão explorados ou aprofundados.

     
  2. Anónimo sexta-feira, janeiro 19, 2007

    A IKEA não se desloca. Alías tem uma forte política de responsablidade social. Não é a degrenirmos as outras coisas que vamos dignificar Freamunde.
    A Fabrica Grande, a Fabrica do Calvário, e outras industrias que temos e tivemos, eram exemplos à epoca de empreendorismo e inovação, e aparentemente é isso que nos faz falta ultimamente. Parecemos demasiado acomodados. Realmente deviamo-nos sentir acossados e irrequitos, mas deviamos era arregaçar as mangas e mostrar porque Freamunde já teve uma grande aurea.

     
  3. ricardo jorge sexta-feira, janeiro 19, 2007

    Sem indústria, não há dinheiro, não há pessoas a fixarem-se cá, não há comercio, não há vida...
    e a A42 servirá apenas para visitante alcançar esta povoação remota.
    Este cenário não é o desejo de ninguém, por isso todos nós, desde do empresário ao trabalhador, do eleitor ao politico, temos que reagir e mudar a nossa forma de agir...

    Temos de ser mais pro-activos

    Cumprimentos

     
  4. Anónimo segunda-feira, janeiro 22, 2007

    .1 o ikea não é salvação de Portugal, nem sequer do concelho! ...mas também não é nenhum virus! a constante referência ao mesmo, parece ser despropositada. se ele tivesse vindo para Freamunde, presumo que a reacção fosse diferente....

    .2 o poder local não tem nada, nada a ver com o fecho de mais esta ou outra empresa. são este tipo de referências que retiram credibilidade a este blog.

    .3 "permita retirar Freamunde da dependência das abastadas e monopolizadoras "famílias ricas" da nossa terra" ...aqui está uma frase de esquerda, interessante...mas o nosso regime democrático, não anda a favor das nacionalizações (bem pelo contrário)! por isso resta-nos trabalhar para a frente, para surgir uma nova economia Freamundense.

    .5 zona industrial em Freamunde, era preciso em 1986!! hoje é precisa também, mas com muitos menos importência do que teria na altura. mas mais vale tarde do que nunca...

    .6 a Luteme (tanto quanto sei) andava a trabalhar em condições, que não estavam de acordo com a lei. por isso em nada me "choca" que tenha encerrado. e o que a encerrou não foi uma bactéria, mas sim a descendência de uma abastada e monopolizadora "família rica"

     
  5. Anónimo terça-feira, janeiro 23, 2007

    tem toda a razão, por lapso não enumerei o ponto 4... mas também não havia ponto 4 :) peço desculpa.

    concordo que a revolta neste post (em seguimento de outros) tem seguido uma vertente politizada que acho não ser saudável.

     
  6. Anónimo terça-feira, janeiro 23, 2007

    As nossas opiniões são sempre susceptíveis de serem reportadas a um ou outro pressuposto politico, mas não me parece que neste post se estejam a tomar posições partidárias.Penso que o que aqui é posto em causa é o desaparecimento dos postos de empregos de muitos dos nossos conhecidos e familiares e a falta de alternativas.
    Quanto à pretensa tendenciosidade e falta de fundamento que o ponto do rectângulo refere sinceramente não a encontro. Achará que temos indústria suficiente em Freamunde? Que dizer então dos desempregados que temos por cá?
    O antónio diz que o poder local nada tem a ver com o fecho das empresas. Mas não concorda que o poder local tem o dever de incrementar e incentivar a industria? Não é cobrando tudo e mais alguma coisa (desde os mais incríveis impostos a taxas sobre a publicidade, por exemplo) que o faz! Afirmar isto descredibiliza o blog?!?!
    Talvez ainda não tenham olhado bem para o nome do blog. Pois é, REVOLTA...

     
  7. Anónimo terça-feira, janeiro 23, 2007

    se podemos dar credito ao poder concelhio pela vinda do ikea para o concelho tb podemos fazer critica a ele por estas fabricas de freamunde estarem a encerrar,pois elas encerram n so por alguma culpa propria mas tb porque o poder concelhio cada vez mais so olha para o seu proprio umbigo ke e a sede de concelho,pois isto agora de termos cada vez mais impostos concelhios para pagar esta cada vez mais a sofucar o empreendorismo das nossas gentes,e posto isto digo ke estou de total acordo com este post da revolta pois nos temos de nos fazer ouvir para ke se o poder concelhio atribui verbas de viabilizaçao para termos ca o ikea ,tb o deveria fazer para parar este descalabro ke e o encerramento de cada vez mais fabricas do concelho.
    VIVA FREAMUNDE
    VIVA A REVOLTA

    FREAMUNDE A CONCELHO JAAAAAA

     
  8. Anónimo quarta-feira, janeiro 24, 2007

    Freamunde é a maior freguesia do concelho em população e também em eleitores.
    Talvez por este facto sempre teve "representantes" locais no município e sempre ao mais alto nível (2 presidentes de câmara depois do 25 de Abril).
    Que se passa então?
    Estas pessoas não são Freamundenses?
    Prejudicam Freamunde?
    Obs.: Estas perguntas não têm outro sentido que não seja serem respondidas.

     
  9. Anónimo quarta-feira, janeiro 24, 2007

    O Virus maior na LUTEME está na parte de escritório, com funcionários a rescindir contratos amigávelmente com a Empresa, a obter fundo de desemprego antecipadamente e a continuar a dar "umas horitas"
    Já na parte Fabril com funcionários com mais de 30 anos de casa e que por uma alteração aqui á anos na denominação da Empresa que na altura lhes garantiram que não havia qualquer prejuizo para os funcionarios, esses correm agora riscos com o fecho da empresa á vista de lhes só ser contabilizados os anos após essa mesma alteração.
    Que tipo de entidades patronais são esses, com atitudes dessas mereceram alguma consideração por parte de qyem quer que seja??

     
  10. Anónimo quarta-feira, janeiro 24, 2007

    Ainda me lembro de alguem que quando era só empregado andava a colar cartazes da cdu e a defender os direitos dos trabalhadores, depois passou tambem a patrão ... e nem os colegas preveniu na troca de entidade patronal os direitos não estavam salvaguardados ...

     
  11. Anónimo quarta-feira, janeiro 24, 2007

    Não me parece que o(s) autor(es) do blog seja politicamente tendencioso. Se é, honestamente, estou completamente baralhado… Ninguém que fosse realmente de esquerda teria a posição sectária demonstrada relativamente ao CAT. Também não entendo, em que parte do mundo a frase "permita retirar Freamunde da dependência das abastadas e monopolizadoras "famílias ricas" da nossa terra", seja uma frase de esquerda. Até nem sei o que é uma frase de esquerda… (Parece-me que só as pessoas de direita sabem)!
    O que me parece é que o blog tenta lançar assuntos para a discussão. A maior parte deles de grande interesse, outros completamente descabidos e muitas das vezes exacerbados pelo espírito “Freamundista” (??)! A grande falha é a falta de argumentação sensata e válida. Daí que por vezes lhes chamem “miúdos”. A grande celeuma está no facto de os “miúdos” lançarem os temas no sentido oposto ao da governação do poder local (como sabem de direita). E tudo o que seja oposto à direita ou revolucionário (revoltado neste caso) é, naturalmente de esquerda! O importante é que haja discussão de ideias. Mas parece-me que para algumas pessoas isso soa a “perigoso” e a oposição…

     
  12. Anónimo quarta-feira, janeiro 24, 2007

    Caro Henrique já reparou que desde o 25 de Abril passaram-se quase 33 anos e que só durante cerca de 5 é que os Presidentes de Câmara eram de Freamunde? Já reparou que todos esses presidentes faziam parte da mesma força política? Força política essa, que pauta por uma disciplina espartana tal, que alguns presidentes no lugar de exigir o melhor para a sua freguesia, parecem calar-se, sabe-se lá porquê...

     
  13. Anónimo quarta-feira, janeiro 24, 2007

    Na última alusão a presidentes refiro-me aos de Junta de Freguesia.

     
  14. revolta dos capoes quinta-feira, janeiro 25, 2007

    Hugo,

    Agradecemos a tua visão sensata sobre este tema.
    Quanto à nossa forma exagerada e polémica de comentar a vida freamundense, temos a dizer que esta forma bizarra e emotiva de ser, foi o meio que encontramos para chegar até às pessoas, para que estas se indigassem e reagissem contra ou a nosso favor.
    A nossa forma surrealista é reconhecida por nós, mas usada como uma arma para colocar Freamunde na boca dos freamundenses.
    Mas é nossa politica dar voz a todo o freamundense que o deseje fazer, enviando via e-mail a sua crónica, tal como já fizeram algumas pessoas.
    Quanto aos 'miúdos', se desejar um Freamunde melhor e mais divulgado é ser miúdo, pois que sejamos. O mais importante para nós é discutir Freamunde mesmo que incomodando muita gente, mesmo aqueles que habitam a mesquita camarária.

    Obrigado a todos quanto comentam

     
  15. Anónimo quinta-feira, janeiro 25, 2007

    .1 aparentemente existem diferenças entre a esquerda e a direita (quase pensei que não!);

    .2 aparentemente os revoltados são de esquerda;

    .3 aparentemente os revoltados não elogiam ou contribuem, apenas se revoltam;

    .4 aparentemente o poder local (junta ou câmara) não agradam aos revoltados (vasconcelos+pinto só 5anos??). é um poder (câmara e junta) "amargurado" pela seu próprio partido (dizem);

    .5 aparentemente os revoltados são miudos (não acho nada! são graudos e já votam, "ou foram votados"?)

    nota final: eu sinto que Freamunde merece sempre mais e melhor! eu penso que Freamunde deixou de ser o melhor porque as pessoas se acomodaram, não investiram. é fácil atingir o topo, o dificil é manter! essa é que é para mim a grande questão.
    quanto ao poder local, pode fazer melhor (eu também o acho)! mas também tenho a noção de que apenas 2a4 freguesias existem (e nós estamos em 2ª lugar claro. é mau?), o resto é paisagem (ou pior).
    lutar por mais e melhor sim, mas com a noção da realidade.
    sou um ateu politico (nas ultimas 11 eleições, em 8 fui abstenção presente e em 3 fui bloco central ps/psd). sou um "revoltado" com o sistema politico vigente, sou! mas começo a pensar que não me enquadro com esta revolta...

    (sinceros cumprimentos aos esclarecidos comentadores nuno, ricardo e hugo. bem hajam!)

     
  16. Anónimo sexta-feira, maio 04, 2007

    Penso que estão errados em muita coisa que falam da LUTEME.
    O seu fundador Luís Teles de Meneses, foi um homem que fez a sua vida a trabalhar, começou a trabalhar em casa á noite a fazer ligaduras e compressas, enquanto trabalhava de dia na farmácia, de menino rico na sua infância teve pouco.
    Tenho pena que não pense naquilo que ele sempre fez pela terra, que foi muito. Tudo que fez para ajudar todas as pessoas que lhe pedia ajuda.
    Respeitem o seu nome, foi uma pessoa que sempre ajudou tudo e todos.
    Quantas pessoas não conhecem que construíram as suas casas porque o Sr. Luís Teles de Meneses lhes emprestou dinheiro e nem á família dizia que o tinha feito.

    SEJAM HONESTOS E NÃO DIGAM MEL DE QUEM MUITO FEZ PELA TERRA E POR TODOS QUE LHE PEDIRAM AJUDA.
    Como Ele diria, “ até á Páscoa!”.

     


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